Após três meses de trabalhos e investigações, a Comissão Processante, instaurada pela Câmara Municipal de Itaquaquecetuba, que trata da denúncia contra o prefeito Mamoru Nakashima (PSDB), de ter cometido irregularidades na contratação da empresa Peralta Ambiental, chegou ao fim e foi levada à votação. Na última terça-feira (03/09), a maioria dos vereadores decidiu arquivar o caso, sob a alegação de que não há provas suficientes que confirmem a denúncia, feita no dia 20 de março deste ano pelo munícipe Marco Antônio Ferreira de Lima. Apenas o vereador Armando Tavares dos Santos Neto (Patriota) votou contra o arquivamento.
A Comissão Processante, formada pelos vereadores David Neto (PPS), Carlos Alberto Santiago Gomes (PSD) e Alexandre de Oliveira Silva (SD), concluiu em seu relatório que não há como firmar plena convicção de que o prefeito tenha se beneficiado com a contratação da Peralta Ambiental, ou ainda que a empresa tenha influenciado na nomeação de secretários na Prefeitura de Itaquá.
Outra denúncia sem confirmação foi a de que a aglutinação de serviços por parte da Peralta, que poderia causar prejuízos ao município, teria ocorrido de forma irregular. De acordo com a Prefeitura, isso ocorreu por motivos de economia. Ao final, os dados constantes dos trabalhos não foram capazes de sustentar a denúncia contra Mamoru.
Em depoimentos e entrevistas, os vereadores que trabalharam na Comissão alegaram a falta de colaboração de secretários municipais em disponibilizar documentos que comprovassem a qualidade dos serviços prestados pela Peralta, mas também acreditaram que a abertura da denúncia fez com que a empresa aumentasse o trabalho no município nos últimos meses, fato comprovado pelo representante da empresa quando prestou depoimento para a Comissão no dia 7 de agosto no plenário da Câmara.