A Comissão Processante (CP), instaurada pela Câmara Municipal de Itaquaquecetuba, referente à denúncia de irregularidades na contratação dos serviços de limpeza e coleta de lixo por parte da Prefeitura com a empresa Peralta Ambiental recebeu ontem (07/08) seis testemunhas do prefeito Mamoru Nakashima (PSDB), que responderam diversas questões realizadas pelos vereadores David Neto (PPS), que é o presidente da comissão, e Santiago (PSD). O parlamentar Alexandre de Oliveira Silva (SD), o Xandão, que também faz parte da comissão, não compareceu.
Os depoimentos ocorreram no plenário da Casa e duraram cerca de 20 minutos para cada testemunha, que foram chamadas na seguinte sequência: Willian Sérgio Maekawa Harada (secretário municipal de Saúde); Erivânia R. Andrade Al Kadri (secretária municipal de Assuntos Jurídicos); Eduardo Akira Kitakawa (secretário municipal de Serviços Urbanos); Renilson Mendes dos Santos (diretor de Departamento de Limpeza Pública); Rodrigo Gonçalves (Gerente operacional da empresa Peralta). Todos foram acompanhados pelo advogado Benedito Tadeu Ferreira da Silva.
No início dos trabalhos, o vereador Santiago fez uma série de perguntas ao secretário Willian Harada, como a suspeita de superfaturamento do contrato com a empresa Peralta. "Desconheço qualquer tipo de superfaturamento. Os valores são pagos baseados no contrato", explicou. Outro tema foi o de a Prefeitura "agrupar" vários serviços em um contrato só, evitando assim maior concorrência. "O que acontece, a avaliação técnica dos serviços a ser prestado é feita pela Secretaria competente. Ela elabora o objeto, um memorial descritivo, e encaminha para licitar", respondeu, alegando que não compete discutir o que é melhor ou pior, e sim o que a lei exige. O secretário ainda esclareceu diversos outros assuntos apontados pelos parlamentares.
Os vereadores seguiram fazendo perguntas às testemunhas como a forma com que a Prefeitura administra os trabalhos realizados pela Peralta, os valores que são pagos à empresa e os apontamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) referentes ao contrato assinado pelo Executivo. No último depoimento, com o representante da Peralta, Rodrigo Gonçalves, o mesmo confirmou que o número de funcionários da empresa trabalhando em Itaquaquecetuba aumentou nos últimos meses, mas não confirmou que o motivo foi a instauração de uma comissão processante pela Câmara.