A Câmara Municipal de Itaquaquecetuba recebeu hoje (08/08) o prefeito Mamoru Nakashima (PSDB), além de testemunhas de defesa, para prestar esclarecimentos sobre duas denúncias que pesam contra ele. Uma de que a Prefeitura teria cometido irregularidades na contratação da empresa Peralta Ambiental, que presta serviços de limpeza urbana e coleta de lixo, e outra referente a supostas falhas na licitação da empresa Le Garçon, que atende às escolas do município com a merenda escolar, e também da empresa Jumach, que presta serviços de limpeza.
As oitivas (ato de ouvir testemunhas e pessoas envolvidas em um processo) fazem parte do trabalho das duas Comissões Processantes (CPs) instauradas para apurar as denúncias, que foram protocoladas por munícipes e aprovadas durante sessão ordinária pela maioria dos vereadores.
Por volta das 10h30, o prefeito respondeu às perguntas dos vereadores David Neto (PPS) e Santiago (PSD), da Comissão que trata da denúncia sobre limpeza urbana e coleta do lixo. Mamoru negou que a empresa Peralta Ambiental indicou secretários para a Prefeitura de Itaquaquecetuba e garantiu que tudo o que é pago ou feito está dentro do contrato assinado e reconhecido, inclusive, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Em seguida, a CP referente à denúncia sobre merenda escolar entrou no plenário. Os vereadores Rolgaciano Fernandes (Podemos); João Batista Pereira de Souza (PSDB), o Pelé da Sucata (PSDB); e Aparecida Barbosa da Silva (PTB), a Cida da Fisioterapia, iniciaram a segunda oitiva do dia com o prefeito. Os membros da comissão fizeram perguntas sobre a possível irregularidade nos contratos. O vereador Pelé da Sucata pediu que a Prefeitura enviasse documentos sobre o trabalho da empresa na cidade para a comissão, o que acabou negado pelos outros demais vereadores que votaram contra o pedido. Além disso, o advogado Benedito Tadeu Ferreira da Silva, que acompanhava o prefeito, lembrou que tais documentos estão apreendidos pela Polícia Federal.
O prazo para a conclusão dos trabalhos das comissões se encerra nas próximas semanas e depois disso um relatório final deverá ser elaborado. Em ato seguinte, o plenário da edilidade receberá os relatórios e passará por votação. Se acatado por dois terços dos parlamentares (no caso de Itaquá isso seriam 13 votos), o prefeito corre o risco de perder o cargo.